quinta-feira, 23 de junho de 2011

Minha namorada

   Acho que quando ele dizia isso vinha uma espécie da satisfação, de paz, de sossego, febre alegria. Não era uma desconhecida por quem nutria amor platônico, não era uma amiga por quem ele esperasse resposta de uma possível tentativa de um romance, não, ela era Sua namorada e ela mesma gostava de dizê-lo e isso dava a ele um não sei o quê de satisfação. Ela observava isso às vezes , de longe, e ficava lisonjeada, ria-se da criancice que tomava os  olhos dele enquanto falava “minha namorada “. Ela também entrava na brincadeira e nesse vai e vem de brincadeira, de minúcias nos olhos dele , ela foi se acostumando, adentrando e decifrando os olhos de alguém por quem apaixonou-se profundamente.
Texto escrito através de meus olhos,
mas pelas mãos de Pérola Priz,
minha namorada.

sábado, 4 de junho de 2011

Insensível

   Acabou e ele nem ligou. Parece que nunca deu importância. Agora, antes não parecia, embora certamente não desse. E terminou o relacionamento assim, sem um motivo plausível, só uma desculpa esfarrapada politicamente correta. E desapareceu por completo. Nunca mais... Como ele pode me fazer sofrer tanto e isso não lhe gerar o mínimo incômodo? Como ele pôde sequer considerar o que eu sentiria?