domingo, 11 de julho de 2010

Algodão-doce

   Viu um vendedor de algodão-doce. Lembrou-se de como gostava daquela porcaria, quando pequena. Viu aquela coisa fofa e rosa, flutuando dentro de um saco plástico. Qual era mesmo o sabor? Pensou um pouco e formulou sua resposta: sabor de infância. Levantou a mão, chamou pelo vendedor. Por que mesmo ela deixou de comer? Que besteira! Pediu um. Teve a satisfação de estourar de mansinho o plástico e, sorridente, deu uma mordida. Sentiu aquele gosto de puro e intenso açúcar. Lembrou-se por que havia parado de comer. Deu o resto a uma criança do parque.

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